quarta-feira, 4 de maio de 2011

Sem assunto

Frase do dia

"A ignorância é uma benção".

Brain - 4 - Inspiração

Vamos ver o que os gurus do bom senso, sarcasmo e charme tem a dizer sobre o assunto.

Sheldon Cooper
Sheldon: An entire dinner to talk about your research? Where you going? The drive thru at Jack In The Box?

Bazinga!

Superego

A gente (que se escreve separado) te entende

Calvin e Haroldo

Got it?!?

Brain - 3 - Momento cultural

Vamos ao momento cultural, parte notável do dia.

A primeira dica é sobre desenho animado, um clássico: Pink and Brain, veja na TV mais próxima.
Pink e Brain, em pose


A segunda dica é de filme. Olha o Hannibalzinho que gosta de um cerebrozinho - Hannibal - a origem do mal (que fofura esse gif, hein? Amei, também).

Que coisa, não

Por último, dica de livro. Esse livro é bom, eu estudei por ele, quem sabe ajuda algum perdido a fazer umas sinapses. Leia "Cem bilhões de neurônios" de Roberto Lent.
Ajuda profissional

Brain - 2

Seguindo o tema do dia que é cérebro, vamos devanear sobre os possíveis motivos da inteligência tão notável das pessoas.
Hipótese 1: Involução do cérebro
Raio-X de um aluno regular
Hipótese 2: Perda do cérebro por ataque de zumbis
Falemos a verdade, eles superaram os PhD daqui. Você colega da mesa ao lado entendeu essa, ãhn, ãhn?! 
Hipótese 3: São burros, pronto falei.
Coleguinhas
Hipótese 4: Problemas psicológicos
Id, que o diga
Hipótese 5: São muito espertos, tem a grana fácil, reconhecimento e os outros pagam a conta e você ainda acreditou que ele era o burro
Veja bem, não sei de nada e a culpa não é minha!

Brain (less) - 1 - Doutorado

Experimente ficar a noite quase toda sem dormir, mesmo após tomar um remédio para tal. Você dorme suas três horas de sono de beleza e acorda para ir para a estupenda reunião de laboratório. Chega lá e vê a nata da pesquisa brasileira e como uma boa nata esquecida na geladeira, ela azeda. Pois é, no meio desse azedume, dá-se a reunião. Os grandes cérebros do país começam a discutir ciência de ponta, por exemplo, "Mas isso é uma mudança na porta da célula", alguém dá área de pesquisa conhece essa tal porta que falaram? Eu ainda não.

Enfim termina a parte de apresentação, em que as pessoas mostram os artigos que não leram, que falam sobre o trabalho de seu vizinho, porque afinal se a pessoa não sabe falar do seu trabalho, então falemos do que o vizinho faz, aí se houverem dúvidas quem tem que responder é o coleguinha. Tudo muito lindo, muitas fases do joguinho do lego no Ipod depois, quando seu bom senso quer se matar, começa a discussão geral!  Nessa parte os grandes cientistas muito bem graduados discutem coisas primordiais como porque acabou o tinta da impressora e NINGUÉM trocou. Aliás, esse ninguém deve ser um cara muito mal, ele é tão citado nas reuniões aqui. 

No meio de um ambiente tão culto, após ouvir muita informação errada, as pessoas arriscando mais palpite que na mega-sena acumulada, até que enfim chega ao fim as duas horas mais inúteis da semana. Depois os colegas ainda falam: "Nossa que cara de mal-humor você tem?", penso que se eles tivessem um cérebro funcional também estariam assim.

Você vai almoçar, come pouco e mal, porque tem que manter a dieta. Volta para o trabalho para ver os grandes cientistas passarem seu tempo no MSN, facebook, twitter e afins, além claro das pausas para um cafézinho e falar mal dos colegas. Depois os grandes cascavéis, ops, colegas falam mal de você que se esforça para participar de congressos, cursos, divulgar o trabalho e aprender. Eu me pergunto, se é assim na melhor universidade do país como será nas outras? Acho melhor não descobrir.

Tenho forte suspeita que o superego fez doutorado aqui, hein.
Outro fato interessante nessa vida de pós-graduação é ver como os grandes doutores do país são merecedores desse título. Alguns ganharam esse título de presente do padrinho, outros do amigo do pai, mas aqueles que realmente defendem um doutorado são poucos. Quando eu era criança, eu queria fazer doutorado um dia, porque isso deveria ser para os muito bons em determinado assunto. Hoje percebo que os muito bons não aguentam essa vida, eles desistem, vão fazer outra faculdade ou mudam de país, agora os ruins ficam numa boa. Da próxima vez que você ouvir que alguém é doutor veja bem antes de presumir que a pessoa realmente sabe e contribui com seu trabalho. 

Em um lugar onde as pessoas não sabem fazer regra de três ou pesquisar no Google e o aluno mais repetente e incompetente da sua classe é o presidente dos estudantes tenha medo de passar... isso pode ser contagioso. Mais uma vez volta a grande e nobre questão: "Por que há uma fuga de cérebros no país?".